segunda-feira, 28 de abril de 2014

TELA DA VIDA




Tela da Vida


Lancei meus sentimentos numa tela
E pus‐me a pincelar na noite escura
Olhei e então notei ser tão singela
A tela desta minha vida obscura
Pintei naquela tela uma aguarela
Com as cores que ditava o coração
Senti‐me aprisionado numa cela
De amor, de fantasia e de ilusão
E quando já no fim olhei meu quadro
Fiquei olhando um lado, o outro lado,
A minha estrada em cores ressarcida
Nos traços dessa tela eu descobri
As sensações estranhas que vivi
Nas tensas pinceladas desta vida

José Sepúlveda