sexta-feira, 16 de maio de 2014

ATÉ QUANDO


SALVÉ, NATUREZA




ATÉ QUANDO


Em teu seio gestará essa intimidade com a beleza,
suportando em suas entranhas a inefável mão do homem 
remexendo com fúria, sem respeito à natureza? 
Até quando,
reinará essa imobilidade, essa economia de acção, 
sem olhar o infinito?
Essa inércia diante do belo,
essa gagueira em exprimir a preservação
do que é infinitamente bonito?
Até quando,
permanecerá essa comunhão com os sons
de uma fauna em extinção?
Em quanto tempo nos depararemos, diante da angústia 
de uma flora devastada em sua natural composição? 
Que olhar pousaremos sobre as cobras de vidro povoadas por ausências
retratando a tristeza causada por nós, protagonistas do massacre?
Até quando,
essa vigência de distracção, descaso e vagueza
despidas de amor, vai sufocar a capacidade 
de transfigurar a realidade?
Até quando,
Vamos esperar para abrir nossos ouvidos para o grito de socorro
da mãe natureza?
CHEGOU A HORA...
Para não nos reflectirmos em olhares
sem curiosidade e sem memória,
busquemos o equilíbrio com as armas da coragem 
para vivermos o intrínseco momento, com alma e mente sã
e possamos dizer que nossos filhos terão amanhã! 
Sintam-se orgulhosos de nossa terra,
BEM COMUM DA HUMANIDADE
Cenário de vida e beleza!
Majestosa NATUREZA!

Elair Cabral