SALVÉ, NATUREZA
Lamento Da Mãe Terra
Entrego ao universo o meu seio
Rica fauna e o verde das matas
Os rios, cachoeiras e cascatas
Sou o ventre fértil a germinar
Majestosas espécies de flores
Que tingem o planeta de cores
Sou leito maternal das sementes
Incansável alimento o homem
Sacio da humanidade a fome
Ingratidão - sou sem pena invadida
Minhas entranhas plena de feridas
Sangrenta destruição desmedida
Faz pena ver meus rios poluídos
Matas destruídas pelos egoístas
Meio ambiente pedindo socorro.
A fauna ultrajada sem controle
Extinção de animais e raras aves
Subtração da riqueza sem entraves
Imploro em prantos urgente despertar
Da humanidade que vive a me ultrajar
Ouçam, é preciso o respeito praticar.
Minhas águas agonizantes, poluídas
Face à conduta dos inconsequentes
Frios destruidores do meio ambiente
Desamparada vejo a morte dia a dia
Empurrar-me à deriva rumo a agonia
Loucos humanos, basta de covardia
Ouçam o clamor detentores do poder
Criem manifestos, adotem medidas
De minha saúde dependem suas vidas.
Ana Stoppa