sexta-feira, 16 de maio de 2014

LAMENTO DA MÃE TERRA


SALVÉ, NATUREZA




Lamento Da Mãe Terra


Entrego ao universo o meu seio
Rica fauna e o verde das matas
Os rios, cachoeiras e cascatas

Sou o ventre fértil a germinar
Majestosas espécies de flores
Que tingem o planeta de cores

Sou leito maternal das sementes
Incansável alimento o homem
Sacio da humanidade a fome

Ingratidão - sou sem pena invadida
Minhas entranhas plena de feridas
Sangrenta destruição desmedida

Faz pena ver meus rios poluídos
Matas destruídas pelos egoístas
Meio ambiente pedindo socorro.

A fauna ultrajada sem controle
Extinção de animais e raras aves
Subtração da riqueza sem entraves

Imploro em prantos urgente despertar
Da humanidade que vive a me ultrajar
Ouçam, é preciso o respeito praticar.

Minhas águas agonizantes, poluídas
Face à conduta dos inconsequentes
Frios destruidores do meio ambiente

Desamparada vejo a morte dia a dia
Empurrar-me à deriva rumo a agonia
Loucos humanos, basta de covardia

Ouçam o clamor detentores do poder
Criem manifestos, adotem medidas
De minha saúde dependem suas vidas.

Ana Stoppa